Chegou a São Paulo um
ultrassom israelense que destrói tumores.
O serviço foi
inaugurado nesta terça-feira, 14, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
(Ices).
O serviço de ultrassom
– com ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de escutar
– serve para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e
anestesia.
O novo equipamento
estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Como
Apesar do efeito do
ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até
mil feixes em um único ponto – com a ajuda de um aparelho de ressonância
magnética.
Com o calor, as células
cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos
saudáveis vizinhos.
Único na América
Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão.
Tratamento
Segundo Marcos Roberto
de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres
já foram atendidas com sucesso para casos de miomas – tumores benignos, de
tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.
A grande vantagem é que
as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca
onde é necessário”Marcos Roberto de Menezes, diretor doesto de diagnóstico por
imagem do Icesp.
O diagnóstico por
imagem permite conhecer as áreas onde estão os miomas.
Após definir os pontos
que serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras
em pequenos pontos dos tumores. Cada pulso demora apenas alguns segundos.
Vários são necessários
para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até, no máximo, 2
horas.
O ultrassom eleva a
temperatura das células cancerígenas até 80º C.
“Esse calor destrói
qualquer tipo de célula”, diz Marcos. “A grande vantagem é que as áreas ao
redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca o que é
necessário.”
Quem pode?
O tratamento, no
entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito
para saber quem pode passar pelo ultrassom.
“Dois fatores que são
levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho
deles”, explica o médico do Icesp.
A técnica dispensa o
uso de anestésicos. “As pacientes ficam conscientes durante toda a operação,
recebem apenas sedativos”, explica Marcos.
Segundo o médico, o
procedimento não causa dor intensa. “As pacientes costumam reclamar de dores
parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame.”
Fonte: SIMISRAEL