Entre estudos e
estágio, eu me confundia muito com a literatura atual e o linguajar dos antigos
técnicos que também usavam muitas vezes um linguajar antigo, na intenção de
induzir o pensamento no estagiario que os novos não sabiam de nada!
Com isso, juntei as
literaturas radiológicas antigas, nacionais e as atuais de mercado, e fiz esse
estudo que agora divido com todos aqui na Internet.
Espero que tenha tanta
utilidade para vocês como teve para mim.
1.
Abel “teste de Abel”
Técnica em que o
paciente faz uma hiperlateralização direita e esquerda do tronco, corresponde a
um AP de coluna tóraco-lombar para escoliose.
2.
Arcelin = “Stenvers Invertido”
Perfil anterior de
mastóides, incidência obliqua axial lateral.
3.
Bellot
Projeção obliqua da
mandíbula.
4.
Boyden-Browner “prova de Boyden-Browner”
É uma prova de
gordura feita como rotina de alguns exames.
5.
Breton = “Reverchon e Towne”
Semi-axial de crânio,
mais específica para fossa posterior craniana.
6.
Budin e Chandler
Axial de coaxa,
projeção para o colo do fêmur e articulação coxo-femural.
7.
Caldwell “fronto-naso para seios da face”
Fronto-naso para face
e seios da face, correspondendo a PA de crânio; demonstra condições
inflamatórias (sinusite, ostiomielite secundária) e pólipos sinusais.
8.
Caldwell “fronto-naso para ossos da face”
Fronto-naso para
ossos da face, incidência em PA axial; demonstrando fraturas e processos
neoplásicos/inflamatórios dos ossos da face.
9.
Caldwell “PA axial de rotina de crânio”
PA axial de rotina de
crânio com RC 15° ou de 25° a 30°; mostra fraturas craniais (deslocamento
lateral e medial), processos neoplásicos, doença de Paget.
10.
***Camp Conventry “tunnel view”
Incidência para
joelho – fossa intercondiliana em decúbito ventral (flexão de 40° a 50°).
11.
Cleaves “unilateral”
AP unilateral do
quadril mostrando fêmur proximal e quadril.
12.
Cleaves = “perna de rã, frog, Loweninstein”
Incidência para pelve
em AP bilateral, com fêmures abduzidos de 40° a 45°.
13.
Clements-Nakayama
Incidência
axiolateral modificada para fêmur axial e quadril para possível trauma.
14.
Chassard-Lapné
Radiografia da região
de retosigmóide, feita com o paciente sentado na ponta da mesa em posição quase
fetal, RC incidindo em PA.
15.
Chaussé I
Obliqua de crânio.
16.
Chaussé II
Obliqua de crânio,
para o estudo do buraco rasgado posterior.
17.
Chaussé III
Obliqua de crânio,
para o estudo do osso temporal.
18.
Coyle
Incidência para
região cubital.
19.
Danelius-Miller
Incidência
axiolateral e ínfero-superior: fêmur proximal e quadril – traumatismo.
20.
Faril “Técnica de Faril”
O mesmo que
ESCANOMETRIA, para mensuração dos membros.
21.
Fergusson
AP de sacro,
articulações sacro-ilíacas e articulação de L5-S1.
22.
Fisk
Incidência para
ombro: tangencial – sulco intertubercular (bicipital); “executando-se
traumatismo”.
23.
Fleischner
É o mesmo que a
incidência ápico-lordótica.
24.
Fowler
É uma posição de
decúbito em que o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível
superior aos pés. “oposto de Trendelenburg”
25.
Frog = “perna de rã, Lowenstein, Cleaves bilateral.”
AP de articulação
coxo-femural com fêmures em obliqua quase em perfil.
26.
**Fuch
AP de coluna cervical
mais direcionado para C1 e C2 verificando processo odontóide.
27.
Gayner-Hart “Túnel do carpo”
Incidência tangencial
axial de punho, ínfero-superior do punho em 90° para canal carpiano.
28.
“Ponte do carpo”
Incidência tangencial
com dorso do punho na mesa fazendo ângulo de 90°.
29.
Garth
Ombro (traumatismo):
incidência axial obliqua apical em AP.
30.
Grashey
Para ombro, “cavidade
glenóide”: posição obliqua posterior (executando-se traumatismo).
31.
Guillen
É uma obliqua de
crânio para o estudo do buraco ótico.
32.
Haas
Incidência PA axial:
Rotina para crânio.
33.
Hirtz (submentovértice “S.M.V.”)
É uma axial de face,
e de acordo com a penetração do raio central, pode ter indicação no estudo da
base do crânio, osso temporal e buraco rasgado posterior.
34.
Hjem-Laurell
PA de tórax com o
paciente no decúbito lateral contrário ao da suspeita do derrame pleural.
35.
***Holmblad “Tunnel View”
Incidência para
joelho – fossa intercondiliana; com joelhos sobre o chassi em flexão de 60° a
70° e mãos sobre a mesa.
36.
*Hughston
Flexão de joelho a
55° decúbito ventral.
37.
Jones
Incidência de flexão
aguda de cotovelo em AP.
38.
**Judd
PA de coluna cervical
mais direcionado para C1 e C2 verificando processo odontóide.
39.
Judet
Incidência posterior
decúbito de pelve-acetábulo.
Técnica em que o
paciente faz uma hiperflexão e uma hiperextensão do tronco; corresponde a um AP
de coluna tóraco-lombar para escoliose.
41.
Law “ATM”
Incidência para ATM;
axial lateral obliqua.
42.
Law “mastóides”
Incidência para
mastóides; obliqua axial lateral.
43.
****Lawrence “decubito dorsal”
Exame do ombro,
incidência axial ínfero-superior em decúbito dorsal (executando-se
traumatismo).
44.
Lowenstein “frog, perna de rã, Cleaves bilateral”
AP de articulação
coxo-femural com os fêmures em obliqua quase em perfil.
45.
Lysholm
Obliqua de crânio
para o estudo do buraco ótico.
46.
Mayer “modificação de Owen”
Obliqua de crânio
para o estudo do osso temporal.
47.
Merchant
Incidência para
patela tangencial bilateral (axial ou nascente) com joelhos fletidos a 40°.
48.
Muller “manobra de Muller”
É uma apnéia
respiratória, forçando a expulsão do ar com a glote fechada.
49.
Neer Ombro (traumatismo):
Incidência tangencial
– saída supra-espinhal.
50.
Ottonello “autotomografia 1”
Incidência para
coluna cervical, AP em mastigação “ou mandíbula oscilante” criando efeito
flouscinético desaparecendo com a mandíbula para visualizar todas as vértebras
cervicais inclusive C1 e C2.
51.
“autotomografia 2”
Diferente da
autotomografia I a autotomografia II movimenta a cabeça para os lados ao invés
da mandíbula. Tem a mesma finalidade de observar todas as vértebras cervicais,
porém, como a C1 acompanhará o movimento da cabeça, a Atlas também desaparecerá
da radiografia.
52.
Owen
Obliqua de crânio
para o estudo do osso temporal.
53.
Pfeiffer
Obliqua de crânio
para o estudo do buraco ótico.
54.
Pierquiu
Projeção axial do
cotovelo.
55.
Porcher
Corresponde a um
semi-hirtz. Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porot ou
Rossand.
56.
Porot
Corresponde a um semi-hirtz.
Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porcher ou Rossand.
57.
Reverchon = “Breton e Towne”
Semi-axial de crânio,
mais específica para fossa posterior do crânio.
58.
Rheese
Incidência
parieto-orbital “obliqua de crânio”, para estudo dos forames ópticos.
59.
Robert
AP modificado de
polegar.
60.
Rossand
Corresponde a um
semi-hirtz. Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porcher e
Porot.
61.
Schuller
Perfil de crânio,
para estudo da articulação temporo-mandibular e mastóide do temporal.
62.
*Settegast
Flexão de joelho a
90° decúbito ventral.
63.
Sims “posição de Sims”
Serve para evitar uma
contratura anal plena, usada para aplicação de cateter retal, usado em exames
de ENEMA BARITADO “CLISTER OPACO”.
64.
Solidônio Lacerda
É uma obliqua de face
para estudo do osso malar. "Muito pedido em casos de luta".
65.
Stecher
Obliqua de punho,
para estudo do osso escafóide.
66.
Stenvers
É uma obliqua de
crânio para o estudo do osso temporal.
67.
Taylor
Exame de pelve,
incidência de “saída” em AP axial (para ossos pélvicos anteriores /
inferiores).
68.
Thoms
É uma axial de pelve
feminina, para o estudo da posição fetal.
69.
Towne = “Reverchon ou Breton”
É uma semi-axial de
crânio, mais especifica para fossa posterior craniana.
70.
Towne “para fraturas cranianas”
Incidência AP axial
de rotina de crânio para visualizar fratura cranianas (deslocamento medial e
lateral), processos neoplásicos e doença de Paget. Paciente em decúbito dorsal,
raio central a 30° para LOM ou 37 para LIOM.
71.
Towne “para sela turca”
Incidência AP axial
para sela turca; demonstra adenomas hipofisários podem afetar a morfologia da
sela turca. Raio central a 30° até 37° caudal, LIOM perpendicular.
72.
Towne “para arcos zigomaticos”
Incidência em AP
axial para arcos zigomaticos. Demonstra fraturas e processos
neoplásicos/inflamatórios do arco zigomático. Raio central 30° com a LOM (37°
com a LIOM).
73.
Towne “para AP axial de mandíbula”
Incidência AP axial
para mandíbula; demonstra fraturas e processos neoplásicos/inflamatórios dos
processos condilóides da mandíbula. Raio central de 35° a 40° com a LIOM.
74.
Towne “para AP axial de ATM”
Incidência AP axial
para ATM. Demonstra fraturas e relação/amplitude de movimento alterada entre o
côndilo e a fossa TM. Raio central a 35° com a LOM (posição com a boca
fechada).
75.
Towne “para AP axial de mastóides”
Incidência em AP
axial para mastóides com paciente em decúbito dorsal. Demonstra patologias
avançadas do osso temporal (por exemplo, volumoso neuroma auditivo). Raio
central a 30° a LOM ou 37° à LIOM.
76.
Twining “posicionamento do nadador”
É um perfil de coluna
cervico-torácica e também utilizada na mielografia cervical e cervico-torácica.
77.
Trendelenburg
É uma posição de
decúbito em que o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível
mais baixo que os pés. “oposto de Fowler”
78.
Valsava “manobra de Valsava”
É uma apnéia
respiratória forçando expulsão do ar com a glote fechada.
79.
Van Rosen
Corresponde a um AP
para articulação coxo-femural com fêmures quase em perfil.
80.
Waters “para fraturas de explosão”
Incidência
parieto-acantial para ossos da face, LMM perpendicular (LOM 37°). São mostradas
fraturas (particularmente fraturas por explosão, trípode e leforte) e processos
neoplásicos/inflamatórios são mostrados. Corpos estranhos no olho também podem
ser mostradas nessa imagem.
81.
Waters “para fraturas orbitárias”
Incidência
parieto-acantial modificada para ossos da face, LMM perpendicular (LOM 55°).
São mostradas fraturas orbitárias (por exemplo, por explosão) e processos
neoplásicos/inflamatórios são mostrados. Corpos estranhos no olho também podem
ser visualizados nesta posição.
82.
Waters “para condições inflamatórias”
Incidência em PA para
seios da face. demonstra condições inflamatórias (sinusite, ostiomielite
secundária) e pólipos sinusais. Raio central horizontal, LOM a 15° em relação
ao raio central.
83.
Waters “com boca aberta”
Incidência
parietoacantial transoral para seios da face “boca aberta”. Demonstra condições
inflamatórias (sinusite, ostiomielite secundária) e pólipos dos seios.
84.
****West Point “decúbito ventral”
Exame de ombro em
incidência ínfero-superior em decúbito ventral (executando-se traumatismo).
Bibliografias
consultadas “autores”:
Kenneth L. Bontrager 5ª edição
Luiz Fernando Boisson
Jorge Nascimento
Ajuda sim, é ótimo para concurso.
ResponderExcluirMuito bom o conteúdo.
ResponderExcluirParabéns muito esclarecedor e dinâmica suas informacoes
ResponderExcluirParabéns! e obrigada por nos ajudar!
ResponderExcluirGarota!!! A melhor e mais útil postagem na radiologia. Material de muitas pegadinhas de concurso. Depois te conto como me saí.
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