quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Incidências Radiológicas Com Nomes Próprios, Posicionamentos e Manobras

Entre estudos e estágio, eu me confundia muito com a literatura atual e o linguajar dos antigos técnicos que também usavam muitas vezes um linguajar antigo, na intenção de induzir o pensamento no estagiario que os novos não sabiam de nada!

Com isso, juntei as literaturas radiológicas antigas, nacionais e as atuais de mercado, e fiz esse estudo que agora divido com todos aqui na Internet.

Espero que tenha tanta utilidade para vocês como teve para mim.
1. Abel “teste de Abel”    
Técnica em que o paciente faz uma hiperlateralização direita e esquerda do tronco, corresponde a um AP de coluna tóraco-lombar para escoliose.

2. Arcelin = “Stenvers Invertido”      
Perfil anterior de mastóides, incidência obliqua axial lateral.

3. Bellot   
Projeção obliqua da mandíbula.

4. Boyden-Browner “prova de Boyden-Browner”     
É uma prova de gordura feita como rotina de alguns exames.

5. Breton = “Reverchon e Towne”   
Semi-axial de crânio, mais específica para fossa posterior craniana.

6. Budin e Chandler
Axial de coaxa, projeção para o colo do fêmur e articulação coxo-femural.

7. Caldwell “fronto-naso para seios da face”   
Fronto-naso para face e seios da face, correspondendo a PA de crânio; demonstra condições inflamatórias (sinusite, ostiomielite secundária) e pólipos sinusais.

8. Caldwell “fronto-naso para ossos da face” 
Fronto-naso para ossos da face, incidência em PA axial; demonstrando fraturas e processos neoplásicos/inflamatórios dos ossos da face.

9. Caldwell “PA axial de rotina de crânio”        
PA axial de rotina de crânio com RC 15° ou de 25° a 30°; mostra fraturas craniais (deslocamento lateral e medial), processos neoplásicos, doença de Paget.

10. ***Camp Conventry “tunnel view”       
Incidência para joelho – fossa intercondiliana em decúbito ventral (flexão de 40° a 50°).

11. Cleaves “unilateral”
AP unilateral do quadril mostrando fêmur proximal e quadril.

12. Cleaves = “perna de rã, frog, Loweninstein”
Incidência para pelve em AP bilateral, com fêmures abduzidos de 40° a 45°.

13. Clements-Nakayama
Incidência axiolateral modificada para fêmur axial e quadril para possível trauma.

14. Chassard-Lapné
Radiografia da região de retosigmóide, feita com o paciente sentado na ponta da mesa em posição quase fetal, RC incidindo em PA.

15. Chaussé I
Obliqua de crânio.

16. Chaussé II
Obliqua de crânio, para o estudo do buraco rasgado posterior.

17. Chaussé III
Obliqua de crânio, para o estudo do osso temporal.

18. Coyle
Incidência para região cubital.

19. Danelius-Miller
Incidência axiolateral e ínfero-superior: fêmur proximal e quadril – traumatismo.

20. Faril “Técnica de Faril”
O mesmo que ESCANOMETRIA, para mensuração dos membros.

21. Fergusson
AP de sacro, articulações sacro-ilíacas e articulação de L5-S1.

22. Fisk    
Incidência para ombro: tangencial – sulco intertubercular (bicipital); “executando-se traumatismo”.

23. Fleischner
É o mesmo que a incidência ápico-lordótica.

24. Fowler        
É uma posição de decúbito em que o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível superior aos pés. “oposto de Trendelenburg”

25. Frog = “perna de rã, Lowenstein, Cleaves bilateral.”
AP de articulação coxo-femural com fêmures em obliqua quase em perfil.

26. **Fuch
AP de coluna cervical mais direcionado para C1 e C2 verificando processo odontóide.

27. Gayner-Hart “Túnel do carpo”
Incidência tangencial axial de punho, ínfero-superior do punho em 90° para canal carpiano.

28. “Ponte do carpo”
Incidência tangencial com dorso do punho na mesa fazendo ângulo de 90°.

29. Garth 
Ombro (traumatismo): incidência axial obliqua apical em AP.

30. Grashey     
Para ombro, “cavidade glenóide”: posição obliqua posterior (executando-se traumatismo).

31. Guillen        
É uma obliqua de crânio para o estudo do buraco ótico.

32. Haas
Incidência PA axial: Rotina para crânio.

33. Hirtz (submentovértice “S.M.V.”)
É uma axial de face, e de acordo com a penetração do raio central, pode ter indicação no estudo da base do crânio, osso temporal e buraco rasgado posterior.

34. Hjem-Laurell
PA de tórax com o paciente no decúbito lateral contrário ao da suspeita do derrame pleural.

35. ***Holmblad “Tunnel View”
Incidência para joelho – fossa intercondiliana; com joelhos sobre o chassi em flexão de 60° a 70° e mãos sobre a mesa.

36. *Hughston 
Flexão de joelho a 55° decúbito ventral.

37. Jones
Incidência de flexão aguda de cotovelo em AP.

38. **Judd
PA de coluna cervical mais direcionado para C1 e C2 verificando processo odontóide.

39. Judet
Incidência posterior decúbito de pelve-acetábulo.
40. Knutson “teste de Knutosn”      
Técnica em que o paciente faz uma hiperflexão e uma hiperextensão do tronco; corresponde a um AP de coluna tóraco-lombar para escoliose.

41. Law “ATM”
Incidência para ATM; axial lateral obliqua.

42. Law “mastóides”
Incidência para mastóides; obliqua axial lateral.

43. ****Lawrence “decubito dorsal”
Exame do ombro, incidência axial ínfero-superior em decúbito dorsal (executando-se traumatismo).

44. Lowenstein “frog, perna de rã, Cleaves bilateral”
AP de articulação coxo-femural com os fêmures em obliqua quase em perfil.

45. Lysholm
Obliqua de crânio para o estudo do buraco ótico.

46. Mayer “modificação de Owen”
Obliqua de crânio para o estudo do osso temporal.

47. Merchant
Incidência para patela tangencial bilateral (axial ou nascente) com joelhos fletidos a 40°.

48. Muller “manobra de Muller”
É uma apnéia respiratória, forçando a expulsão do ar com a glote fechada.

49. Neer Ombro (traumatismo):
Incidência tangencial – saída supra-espinhal.

50. Ottonello “autotomografia 1”
Incidência para coluna cervical, AP em mastigação “ou mandíbula oscilante” criando efeito flouscinético desaparecendo com a mandíbula para visualizar todas as vértebras cervicais inclusive C1 e C2.

51. “autotomografia 2”
Diferente da autotomografia I a autotomografia II movimenta a cabeça para os lados ao invés da mandíbula. Tem a mesma finalidade de observar todas as vértebras cervicais, porém, como a C1 acompanhará o movimento da cabeça, a Atlas também desaparecerá da radiografia.

52. Owen
Obliqua de crânio para o estudo do osso temporal.

53. Pfeiffer        
Obliqua de crânio para o estudo do buraco ótico.

54. Pierquiu
Projeção axial do cotovelo.

55. Porcher      
Corresponde a um semi-hirtz. Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porot ou Rossand.

56. Porot
Corresponde a um semi-hirtz. Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porcher ou Rossand.

57. Reverchon = “Breton e Towne”
Semi-axial de crânio, mais específica para fossa posterior do crânio.

58. Rheese
Incidência parieto-orbital “obliqua de crânio”, para estudo dos forames ópticos.

59. Robert
AP modificado de polegar.

60. Rossand
Corresponde a um semi-hirtz. Projeção para o buraco rasgado posterior. O mesmo que Porcher e Porot.

61. Schuller
Perfil de crânio, para estudo da articulação temporo-mandibular e mastóide do temporal.

62. *Settegast
Flexão de joelho a 90° decúbito ventral.

63. Sims “posição de Sims”
Serve para evitar uma contratura anal plena, usada para aplicação de cateter retal, usado em exames de ENEMA BARITADO “CLISTER OPACO”. 

64. Solidônio Lacerda      
É uma obliqua de face para estudo do osso malar. "Muito pedido em casos de luta".

65. Stecher       
Obliqua de punho, para estudo do osso escafóide.
66. Stenvers     
É uma obliqua de crânio para o estudo do osso temporal.

67. Taylor
Exame de pelve, incidência de “saída” em AP axial (para ossos pélvicos anteriores / inferiores).

68. Thoms        
É uma axial de pelve feminina, para o estudo da posição fetal.

69. Towne = “Reverchon ou Breton”
É uma semi-axial de crânio, mais especifica para fossa posterior craniana.

70. Towne “para fraturas cranianas”
Incidência AP axial de rotina de crânio para visualizar fratura cranianas (deslocamento medial e lateral), processos neoplásicos e doença de Paget. Paciente em decúbito dorsal, raio central a 30° para LOM ou 37 para LIOM.

71. Towne “para sela turca”    
Incidência AP axial para sela turca; demonstra adenomas hipofisários podem afetar a morfologia da sela turca. Raio central a 30° até 37° caudal, LIOM perpendicular.

72. Towne “para arcos zigomaticos”       
Incidência em AP axial para arcos zigomaticos. Demonstra fraturas e processos neoplásicos/inflamatórios do arco zigomático. Raio central 30° com a LOM (37° com a LIOM).

73. Towne “para AP axial de mandíbula”
Incidência AP axial para mandíbula; demonstra fraturas e processos neoplásicos/inflamatórios dos processos condilóides da mandíbula. Raio central de 35° a 40° com a LIOM.

74. Towne “para AP axial de ATM”  
Incidência AP axial para ATM. Demonstra fraturas e relação/amplitude de movimento alterada entre o côndilo e a fossa TM. Raio central a 35° com a LOM (posição com a boca fechada).

75. Towne “para AP axial de mastóides”
Incidência em AP axial para mastóides com paciente em decúbito dorsal. Demonstra patologias avançadas do osso temporal (por exemplo, volumoso neuroma auditivo). Raio central a 30° a LOM ou 37° à LIOM.

76. Twining “posicionamento do nadador”      
É um perfil de coluna cervico-torácica e também utilizada na mielografia cervical e cervico-torácica.

77. Trendelenburg   
É uma posição de decúbito em que o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível mais baixo que os pés. “oposto de Fowler”

78. Valsava “manobra de Valsava”  
É uma apnéia respiratória forçando expulsão do ar com a glote fechada.

79. Van Rosen 
Corresponde a um AP para articulação coxo-femural com fêmures quase em perfil.

80. Waters “para fraturas de explosão”   
Incidência parieto-acantial para ossos da face, LMM perpendicular (LOM 37°). São mostradas fraturas (particularmente fraturas por explosão, trípode e leforte) e processos neoplásicos/inflamatórios são mostrados. Corpos estranhos no olho também podem ser mostradas nessa imagem.

81. Waters “para fraturas orbitárias”        
Incidência parieto-acantial modificada para ossos da face, LMM perpendicular (LOM 55°). São mostradas fraturas orbitárias (por exemplo, por explosão) e processos neoplásicos/inflamatórios são mostrados. Corpos estranhos no olho também podem ser visualizados nesta posição.

82. Waters “para condições inflamatórias”
Incidência em PA para seios da face. demonstra condições inflamatórias (sinusite, ostiomielite secundária) e pólipos sinusais. Raio central horizontal, LOM a 15° em relação ao raio central.

83. Waters “com boca aberta”
Incidência parietoacantial transoral para seios da face “boca aberta”. Demonstra condições inflamatórias (sinusite, ostiomielite secundária) e pólipos dos seios.

84. ****West Point “decúbito ventral”        
Exame de ombro em incidência ínfero-superior em decúbito ventral (executando-se traumatismo).

Bibliografias consultadas “autores”:
Kenneth L. Bontrager  5ª edição
Luiz Fernando Boisson
Jorge Nascimento  

5 comentários:

  1. Ajuda sim, é ótimo para concurso.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns muito esclarecedor e dinâmica suas informacoes

    ResponderExcluir
  3. Parabéns! e obrigada por nos ajudar!

    ResponderExcluir
  4. Garota!!! A melhor e mais útil postagem na radiologia. Material de muitas pegadinhas de concurso. Depois te conto como me saí.

    ResponderExcluir