sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A DOENÇA DO OSSO FANTASMA


Em 1838, Jackson descreveu a osteólise completa do úmero de um menino de 12 anos. Em 1955, Gorham e Stout relataram as principais características patológicas daquela que foi denominada de "doença do osso desaparecido com alterações vasculares intraósseas". Desde então essa doença vem sendo chamada de síndrome de Gorham, síndrome de Gorham-Stout, osteólise maciça, osteólise idiopática, doença do osso desaparecido, doença do osso fantasma, absorção espontânea do osso, entre outros.

A síndrome de Gorham-Stout é uma doença que apresenta osteólise idiopática de um osso ou área contígua próxima. A etiologia é desconhecida, sendo uma condição rara, de difícil diagnóstico e tratamento controverso.


O termo osteólise indica redução na quantidade de tecido ósseo visualizada em uma radiografia. Somente 64 casos foram relatados na literatura médica.

O paciente apresenta dor em alguma região, e ao fazer exames radiológicos, lhe é diagnosticada a perda de tecido ósseo localizado, que é na verdade substituído por tecido conjuntivo fibroso ou, tumores de vasos sanguíneos benignos “não cancerígenos”.

Há tratamento para isso?

Infelizmente não. Como nenhuma causa foi descoberta, a doença ainda não tem tratamento nem cura. Com isso, até o momento, temos poucas alternativas ao se descobrir à doença:

Ou se retira o osso que começou a desaparecer, ou  poderá ainda se administrar experimentalmente, um fortificante ósseo de bifosfanato. Em alguns casos, tentou-se tratar essa doença e seu comportamento como um câncer, nesse caso, foi feita a radioterapia tentando matar o tecido substituto.


Nem é preciso dizer que a gravidade da doença é relativa ao osso ou ossos acometidos. Desaparecer um osso da mão ou mesmo do braço, não será tão ruim como perder um osso da base do crânio por exemplo. Ou mesmo do tórax, pois o desaparecimento de ossos da caixa torácica podem levar a reter líquidos no pulmão ou pleuras pulmonares.

Com tamanha raridade da doença, fica dificil estuda-la. Até o momento não se sabe o que causa essa condição, e nenhum gatilho genético ou ambiental da doença foi se quer identificado com clareza.

2 comentários:

  1. Bacana sua postagem, só uma dúvida, onde você conseguiu a imagem deste quadril?
    Tenho a leve impressão que se trata de exame meu, se realmente for não lembro de ter dado o consentimento para o uso do exame ao seu blog.
    Aguardo seu contato.

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  2. Jamais publicaria uma imagem de exame de alguém. Tudo aqui vem da internet, ou seja, postado em área pública. Até por que, já não atuo a mais de dez anos e agora estou tentando voltar para área.

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